terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Rauuuuuul, Rauuuuul

O início, o fim e o meio. Filme (documentário) de Walter Carvalho, sobre o maluco beleza Raul Seixas, com cenas e depoimentos muito emocionantes. Um filme pra morrer de rir e de chorar... Olha uma palhinha aí.

Uma longa viagem...

Esse filme ainda não foi lançado no Cine Japiassu. Foi exibido este ano no Cineport e recentemente no Fest Aruanda...  Mas o trailer é massa! Vale a pena assisti-lo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cada filme...

Gente! A gente resolveu postar uns tralers aqui no cine Japiassú. Cada dia lista de filmes cresce mais...
Vamos nos preparando para as próximas exibições...

La Teta Assustada

"El niño pez" de Lucía Puenzo gana en Festival Cine Málaga premio del ju...

8 Miles High - Official Trailer HD Quality

In July: comprando el anillo

MANCORA TRAILER www.mancorafilm.com

Russian Dolls (2006) Official Trailer

LES AMOURS IMAGINAIRES - Bande-annonce

Eu Matei Minha Mãe (I Killed My Mother/Jai Tue Ma Mere) - trailer nacional

Gadjo Dilo - Gypsy Ballad

bab´aziz el principe que contemplaba su alma - trailer

Loong Boonmee Raleuk Chat - Trailer | CineCartelera.com.ar

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Hair 1979 (Musical) Trailer

Dear Prudence - Across The Universe

Eu me lembro

Eu me lembro...


Um dia desses eu vi um filme lindo de Edgar Navarro, chamado “Eu me lembro”, um mergulho numa infância de cidade de interior, cheia de descobertas e brincadeiras e rituais de passagem, típicos de infâncias bem curtidas. Depois chega a adolecência e seus problemas e culpas, e finalmente a juventude, recheada de conflitos, drogas, viagens… E por aí vai. O filme mexeu com minhas lembranças também…
Eu me lembro muito bem das loucuras que vivemos na juventude durante os anos 70. Toda aquela transgressão e rebeldia, mil questionamentos, buscas espirituais, viagens transcendentais, viagens de carona, viagens de ácido, cogumelos, zabumba, ayauasca, são pedro, marijuana e o que pintasse…
Eu me lembro dos banhos de rio, todo mundo nu feito criança, sem maldade nenhuma. Depois todo mundo ia junto ver o pôr do sol, catar cogumelos pelos verdes pastos do fim do mundo…
Eu me lembro de como a gente gostava de ser natureba, comer arroz integral com gersal, sopa de missô e outras delícias da macrô. Se encontrar no Grão de arroz ou no Beco do mingau, só pra jogar conversa fora enquanto tomava um banchá  com pão de centeio.
Eu me lembro de como era gostoso tomar chuva, fazer yoga na praia, vestir uma bata indiana bem fininha e uma calça lee desbotada e bater perna mangueando uns trocados pelas ruas de Salvador, caminhando contra o vento sem lenço sem documento…
Eu me lembro das nossas casas sempre cheias de gente, compatilhando tudo. Casas coloridas, com móbiles e luminárias pendurados, plantas em suportes de macramês, estante de tijolos na sala coberta por esteiras e almofadas bordadas, cheiro de incenso e maconha, quadro de Che e o beijo de Klimt  na parede… Eu me lembro de nossas primeiras casas, lindas …
Eu me lembro também dos amigos que sumiam de repente, numa viagem sem volta pelos porões da ditadura.
Eu me lembro das cores e texturas, e dos cheiros e sabores daquela década lisérgica, psicodélica, subversivamente maravilhosa.
Eu me lembro de tantas coisas incríveis, loucas,  belas e barras que vivemos e que ficaram lá longe, num tempo mágico que povoa nossas memórias, atrás das cortinas diáfanas, iluminadas e coloridas que ornam nossas vidas e  misturam passado, presente, futuro. Nos tornando eternos, doces, bárbaros…